domingo, 4 de novembro de 2012

A História do Lápis


O menino olhava a avó escrevendo uma carta. A certa altura perguntou: — Você esta escrevendo uma história que aconteceu conosco? E por acaso, é uma historia sobre mim? 
A avó parou a carta sorriu e comentou com o neto: — Estou escrevendo sobre você, é verdade. Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando. Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
— Mais ele é igual a todos os lápis que vi na minha vida!
— Tudo depende do modo como você olha as coisas; há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo.

Primeira qualidade: Você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma mão que guia seus passos. Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-los em direção a sua vontade.

Segunda qualidade: De vez em quando, eu preciso parar o que estou escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que eu sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Por tanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor.

Terceira qualidade: O lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos, não é algo necessariamente mal, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.

Quarta qualidade: o que realmente que importa no lápis não é sua madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Por tanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.

Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, e procure ser consciente de cada ação.

                                                                                                                  (Paulo Coelho) 

"Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele."
                                                                                                            (Provérbios 22:6)


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